As escolas cívico militares de Valença acabaram

Escolas cívico militares não é a solução para a educação, mas ajudou aos pais a disciplinar seus filhos com forte independência, rebeldia e desatenção na aprendizagem

Hoje a cidade amanheceu chocada, revoltada, reclamante e decepcionada. Ao chegar nas escolas cívico-militares de Valença pais e mães encontraram uma escola completamente normal, sem os militares e com algumas desorganizações, o pais se chocaram e até levaram as crianças/adolescentes de volta para casa. Muitas mensagens para os coordenadores militares e cobrança do gestor para manter o regime escolar, mas afinal a culpa é do prefeito? Na verdade, o projeto de escola cívico-militar já acabou desde 19 de julho de 2023 através do Decreto Lei 11.611 que revogou o decreto nº 10.004 de 05 de dezembro de 2019 realizado por um governo radical com ideias autoritárias que desagradaram a sociedade e os mestres da educação baseada na metodologia freiriana.

O governo atual encerrou o programa Cívico militar em 2023 e deu prazo para os municípios irem encerrando gradativamente, na Bahia o governador disse à época que não iria encerrar naquele momento, mas não há garantias de que esse programa permaneça por tempo indeterminado, inclusive, em São Paulo conforme informam o veículos de imprensa do Sudeste essas escolas estão suspensas pela justiça.

Se aguarda no dia de hoje, uma reunião do prefeito Marcos Medrado com o Governador para continuidade ou não do regime escolar em Valença, já que assim permaneceu porque o prefeito Jairo é adepto do bolsonarismo e seus secretariado de direita fortaleciam o projeto. Agora que o governo de Valença pertence ao regime democrático não se tem certeza ainda, se acabou ou se continua a escola cívico militar em Valença.

É forçoso dizer que o regime cívico militar levou muito adolescente para as escolas que participam do programa, tendo em vista que seus pais visavam a disciplina e a obediência dos seus filhos, o que deu certo porque os estudantes de fato melhoraram muito no comportamento, inclusive extra escola. O grande problema é que esse decreto era inconstitucional e um direcionador de formação de cidadãos autoritários e ultradireitistas, nossa opinião. Se essa escola terminar vai fazer falta? Vai.  Os adolescentes não terão mais a quem obedecer, contudo, a educação freiriana voltará a essas escolas e permanecerá. Cabe ao prefeito decidir se continua ou não, se houve um prefeito para implantar o programa que nem existe mais, então pode haver outro para retirar.

Por Irene Dóres

Foto: extraída do site ValençaFM

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