Maia e Alcolumbre dizem que lamentam ofensa de Bolsonaro contra jornalista da ‘Folha’
Presidente da República afirmou nesta
terça que ‘ela queria dar um furo a qualquer preço’. Para Maia, declarações
assim geram perplexidade e insegurança na sociedade.
terça que ‘ela queria dar um furo a qualquer preço’. Para Maia, declarações
assim geram perplexidade e insegurança na sociedade.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-AP), e do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), afirmaram nesta quarta-feira (19) que lamentam as ofensas do
presidente Jair Bolsonaro contra a jornalista da “Folha de S.Paulo” Patrícia
Campos Mello.
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-AP), e do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM-AP), afirmaram nesta quarta-feira (19) que lamentam as ofensas do
presidente Jair Bolsonaro contra a jornalista da “Folha de S.Paulo” Patrícia
Campos Mello.
Na
manhã de terça-feira (18), em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente
questionou, com insinuação de caráter sexual, a atuação de Patrícia Campos
Mello em reportagens sobre o disparo massivo de mensagens durante a campanha
eleitoral.
manhã de terça-feira (18), em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente
questionou, com insinuação de caráter sexual, a atuação de Patrícia Campos
Mello em reportagens sobre o disparo massivo de mensagens durante a campanha
eleitoral.
“Ela
queria um furo. Ela queria dar um furo [pausa, pessoas riem] a qualquer preço
contra mim”, disse Bolsonaro.
queria um furo. Ela queria dar um furo [pausa, pessoas riem] a qualquer preço
contra mim”, disse Bolsonaro.
Para
Maia, esse tipo de declaração “vai gerando perplexidade e insegurança na
sociedade na brasileira”.
Maia, esse tipo de declaração “vai gerando perplexidade e insegurança na
sociedade na brasileira”.
“Todos
sabem a minha posição. Não preciso ficar narrando cada vez que um episódio
triste e lamentável como esse acontece. Todos sabem a minha posição. Sabem a
importância que tem para a democracia a liberdade de imprensa. Todos sabem o respeito
às mulheres, aos jornalistas”, afirmou Maia, ao chegar à Câmara.
sabem a minha posição. Não preciso ficar narrando cada vez que um episódio
triste e lamentável como esse acontece. Todos sabem a minha posição. Sabem a
importância que tem para a democracia a liberdade de imprensa. Todos sabem o respeito
às mulheres, aos jornalistas”, afirmou Maia, ao chegar à Câmara.
“Tudo
que acontece que vai na linha contrária vai sinalizando de forma negativa para
a sociedade e aí para os investidores no Brasil. Então todos vão olhando com
dificuldade. Então, quando começa o ano, a economia está crescendo em um
patamar mais alto e chega no final do ano a economia caminha para outro
patamar, porque esse tipo de declaração vai gerando perplexidade e insegurança
na sociedade na brasileira”, completou o presidente da Câmara.
que acontece que vai na linha contrária vai sinalizando de forma negativa para
a sociedade e aí para os investidores no Brasil. Então todos vão olhando com
dificuldade. Então, quando começa o ano, a economia está crescendo em um
patamar mais alto e chega no final do ano a economia caminha para outro
patamar, porque esse tipo de declaração vai gerando perplexidade e insegurança
na sociedade na brasileira”, completou o presidente da Câmara.
Alcolumbre
também destacou o papel da imprensa no fortalecimento das instituições.
também destacou o papel da imprensa no fortalecimento das instituições.
“Primeiro
com relação às declarações do presidente nesse episódio com a jornalista, a
gente lamenta, porque a gente sabe o papel fundamental da imprensa brasileira”,
afirmou após reunião no Congresso com o governador de São Paulo, João Dória,
para discutir a reforma tributária.
com relação às declarações do presidente nesse episódio com a jornalista, a
gente lamenta, porque a gente sabe o papel fundamental da imprensa brasileira”,
afirmou após reunião no Congresso com o governador de São Paulo, João Dória,
para discutir a reforma tributária.
Alcolumbre
disse ainda que espera que daqui para frente as relações entre poder público e
imprensa sejam levadas com mais respeito. “Que a gente possa daqui para frente
conduzir com mais respeito, mais atenção, que vocês são atores importantes no
fortalecimento das instituições”, disse.
disse ainda que espera que daqui para frente as relações entre poder público e
imprensa sejam levadas com mais respeito. “Que a gente possa daqui para frente
conduzir com mais respeito, mais atenção, que vocês são atores importantes no
fortalecimento das instituições”, disse.
Reações
à fala de Bolsonaro
à fala de Bolsonaro
Nesta
terça, várias entidades já haviam se manifestado contra a ofensa de Bolsonaro à
jornalista. A fala foi criticada também por deputados e senadores.
terça, várias entidades já haviam se manifestado contra a ofensa de Bolsonaro à
jornalista. A fala foi criticada também por deputados e senadores.
A
Associação Brasileira de Imprensa disse em nota que o presidente adota um
“comportamento misógino” e afirmou que ele necessita de
“tratamento terapêutico”.
Associação Brasileira de Imprensa disse em nota que o presidente adota um
“comportamento misógino” e afirmou que ele necessita de
“tratamento terapêutico”.
“Este
comportamento misógino desmerece o cargo de Presidente da República e afronta a
Constituição Federal. O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se
trata de uma questão política ou ideológica. Cada dia mais, fica patente que o
presidente precisa, urgentemente, de buscar um tratamento terapêutico.”
comportamento misógino desmerece o cargo de Presidente da República e afronta a
Constituição Federal. O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se
trata de uma questão política ou ideológica. Cada dia mais, fica patente que o
presidente precisa, urgentemente, de buscar um tratamento terapêutico.”
A Associação
Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER)
divulgaram nota conjunta em repúdio aos ataques:
Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER)
divulgaram nota conjunta em repúdio aos ataques:
“A
Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de
Jornais (ANJ) protestam contra as lamentáveis declarações do presidente Jair
Bolsonaro ao ecoar ofensas contra a repórter Patrícia Campos Mello, do jornal
Folha de S.Paulo. As insinuações do presidente buscam desqualificar o livre
exercício do jornalismo e confundir a opinião pública. Como infelizmente tem
acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma
claque para atacar jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a
preservação da democracia.”
Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de
Jornais (ANJ) protestam contra as lamentáveis declarações do presidente Jair
Bolsonaro ao ecoar ofensas contra a repórter Patrícia Campos Mello, do jornal
Folha de S.Paulo. As insinuações do presidente buscam desqualificar o livre
exercício do jornalismo e confundir a opinião pública. Como infelizmente tem
acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma
claque para atacar jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a
preservação da democracia.”
A
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Observatório a
Liberdade de Imprensa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) repudiaram os
ataques e prestaram solidariedade à jornalista Patricia Campos Mello.
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Observatório a
Liberdade de Imprensa da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) repudiaram os
ataques e prestaram solidariedade à jornalista Patricia Campos Mello.
“Os
ataques aos jornalistas empreendidos pelo presidente são incompatíveis com os
princípios da democracia, cuja saúde depende da livre circulação de informações
e da fiscalização das autoridades pelos cidadãos. As agressões cotidianas aos
repórteres que buscam esclarecer os fatos em nome da sociedade são
incompatíveis com o equilíbrio esperado de um presidente”, diz trecho da
nota.
ataques aos jornalistas empreendidos pelo presidente são incompatíveis com os
princípios da democracia, cuja saúde depende da livre circulação de informações
e da fiscalização das autoridades pelos cidadãos. As agressões cotidianas aos
repórteres que buscam esclarecer os fatos em nome da sociedade são
incompatíveis com o equilíbrio esperado de um presidente”, diz trecho da
nota.