STF rejeita pedido para declarar Lula inelegível antes mesmo do registro da candidatura

Presidente
eleita do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisou pedido de integrantes do
MBL. Ex-presidente está preso desde abril, e PT já informou que registrará
candidatura dele em 15 de agosto.


O ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo (SP), em 7 de abril, poucas horas antes de se entregar à PF (Foto: Miguel Schincariol/AFP)
A ministra Rosa
Weber, presidente eleita do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou nesta
quarta-feira (18) um pedido para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
fosse declarado inelegível antes mesmo de a candidatura dele ser registrada.
O pedido foi
apresentado por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), na semana passada.
Lula está preso
desde abril em Curitiba (PR), condenado em um processo relacionado à Operação
Lava Jato (entenda).
Em janeiro deste
ano, após a condenação, o PT lançou o ex-presidente como pré-candidato ao
Palácio do Planalto nas eleições de outubro.
De acordo com o
partido, o registro da candidatura acontecerá em 15 de agosto, quando o prazo
será encerrado.
A ministra do STF Rosa Weber, presidente eleita do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Walterson Rosa/Framephoto/Estadão Conteúdo)
A ministra do STF Rosa Weber, presidente eleita do Tribunal Superior Eleitoral (Foto: Walterson Rosa/Framephoto/Estadão Conteúdo)


Entenda a
decisão


A ação analisada
por Rosa Weber, apresentada na última sexta-feira (13), pedia a concessão de
uma liminar (decisão provisória) para “declarar desde já a incontroversa
inelegibilidade” de Lula.
Ao analisar o
caso, a ministra entendeu que os integrantes do MBL não têm legitimidade para
apresentar esse tipo de pedido e, por isso, decidiu que sequer analisaria o caso.
Segundo Rosa
Weber, o pedido é “genérico, apresentado por coordenadores de um movimento
social, antes do início do período legalmente destinado à oficialização das
candidaturas”.
Rosa Weber
destacou, ainda, que o pedido é impertinente, pois a inelegibilidade somente
pode ser questionada após a escolha do candidato mediante convenção partidária
e após o registro de candidatura.

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