Martinha Luz: vítima da violência produzida pelo machismo
Quando um homem não quer mais conviver com uma mulher, sai de casa não importa a situação econômica social dela, arranja outra e vai viver sua vida. Quando a mulher não aguenta mais sofrer violência de várias formas e sai do relacionamento, e homem mata essa mulher de forma cruel e joga seu corpo com pesos amarrados no fundo do rio de forma absolutamente planejada com toda frieza do mundo sustentado pelo machismo que o faz sentir seu dono e por isso ela não pode refazer sua vida mais ninguém.
Até quando as Matinhas, Cecílias, Micheles, Raildas e Dianas vão desaparecer em Valença porque seus companheiros que se sentiram seus donos resolveram tirar suas vidas porque elas não aceitaram mais se submeter aos desmandos e desrespeito deles, isso precisa acabar, a vida de mulheres não pertence aos homens, o mesmo direito que eles têm de abandonar mulheres muitas vezes com filhos pequenos e sem importarem com o destino deles, elas têm de se separarem se a relação não está dando mais certo.
As leis contra o feminicídio carecem endurecer, homem que mata mulher precisa responder pelo seu crime de forma dura, um crime hediondo como esse não pode ter benefícios para o criminoso, ele tem que cumprir a pena em regime integral sem bonificações, o dinheiro dele tem que ser transferido para a filha, a herdeira que perdeu sua amada e carinhosa mãe. A sociedade não pode esquecer que esse homem impediu a filha de conviver com a mãe e aprender com ela como ser uma mulher de bem.
A sociedade valenciana espera que esse homem assassino seja julgado com brevidade e que possa desfrutar de todas as glórias que a cadeia oferece a um assassino até que sua pena chegue ao fim com cumprimento integral. Martinha nunca será esquecida, e com certeza será sempre lembrada como o maior exemplo de violência contra mulher e crime brutal com requinte de crueldade e organização previa nesta cidade de Valença no Baixo Sul do Estado.
Por: Irene Dóres
Jornalista DRT
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