Vereadores de Valença defendem a permanência da barraca de madeira na orla ou sua indenização total. 

Alguns vereadores de Valença  pedem ao município durante a sessão de hoje, que façam um acordo de permanência  com o proprietário da barraca de madeira do início da Orla, na cabeceira da ponte Inocêncio Galvão, para continuidade do comércio ali instaurado com vistas a não gerar um grande prejuízo com o empobrecimento do comerciante.

A Orla de Valença, nasceu com as barracas padronizadas ainda no Governo de Dr. agenildo. Com o passar do tempo os comerciantes ali instalados começaram a fazer mudanças radicais, tomando conta de toda Orla e estreitando a passagem dos transeuntes que precisavam caminhar por dentro dos restaurantes com salas específicas e confortáveis ao ar livre e com boa comida e petiscos. A Orla virou um grande conglomerado de bares e restaurantes ao ar livre de Valença, com criações de puxadinhos e acabando com projeto original  de urbanização da beira do rio Una.

No governo de Ricardo Moura foi dada a licença para a entrada da barraca de madeira, bem organizada, bonita, com bom tratamento, mas que também invadiu o espaço público jogando o povo para caminhar pela pista para chegar à ponte com suas diversas mesas espalhadas por um  piso especial feito pelo proprietário.

Agora com a reforma da Orla e a determinação que todas as barracas retornarão à sua forma original, o comerciante da barraca de madeira foi “intimado” a retirar sua barraca do lugar o qual será ocupada pelo letreiro “Eu❤️Valença”. 

Acontece que o comerciante não recebeu uma barraca pronta, ele solicitou o terreno, recebeu a licença e a aprovação de todas as secretarias do município. O proprietário da barraca fez um projeto, apresentou e após aprovado, construiu o seu comércio gastando mais de 160 mil reais, segundo informaram os vereadores, Bertolino Junior e Reginaldo Araújo. 

Fica a interrogação sobre o que pode acontecer se a barraca de madeira for mesmo retirada do local, o município vai indenizar  o proprietário no que ele gastou para construir? Afinal ele construiu legalmente. Esse letreiro poderia ser colocado do outro lado da ponte? Poderia enquadrar a barraca de madeira na mesma norma das barracas originárias, com proibição da disposição de mesas, cadeiras e piso particular ao seu redor? Para tudo na vida tem acordo. E o município pode chegar a um acordo com esse proprietário ou indenizá-lo, por ser de direito.