UFBA E IFBAIANO buscam formalizar a Indicação Geográfica do Dendê no Território do Baixo Sul

A Universidade Federal da
Bahia em conjunto com o Instituto Federal de educação Baiano estão
desenvolvendo uma pesquisa na região para que seja possível registrar o Baixo Sul
como Indicação Geográfica do produto DENDÊ.

Hoje o IFBaiano está
realizando o primeiro seminário para discutir com a sociedade de produtores e
estudantes a criação no Território do Baixo Sul, da indicação geográfica para o
dendê.

Os professores Doutores da Ufba, Deusdélia Teixeira e Alcides Caldas estão dando o suporte a nutróloga e pesquisadora
valenciana 
Mestre Rafaela dos Santos Bonfim que se encontra engajada nas comunidades dos produtores de
dendê a fim catalogar e organizá-los
 para
formalizarem a marca regional de indicação geográfica.




























Prof Dr. Alcides dos
Santos
  Caldas começou sua fala dando uma
aula sobre a importância do reconhecimento geográfico de um produto que é a
titulação nominada por sua região. Para começar ele citou a região de Champagne
na França que fala pelo seu produto, a bebida é reconhecida no mundo inteiro e ninguém
mais pode fabricar dando essa marca.

Professor Alcides que é
valenciano fez um breve histórico da legislação que garante 
a regionalização de
produtos através da indicação geográfica. Conta ele que o primeiro acordo
comercial que determinou a indicação aconteceu em Paris ainda em 1883, acordo
que foi ratificado em 1891 para garantir a livre exportação dos produtos de
indicação geográfica no contexto mundial.



Segundo o Dr.  Caldas, no Brasil só foi criada a lei específica
de garantia à propriedade intelectual em 1994. Essa lei garante o direito do
autor e direitos conexos, as marcas as patentes e a indicações geográficas que
são instrumentos coletivos de produtores de determinado produto.





























Dra Deucelia Teixeira da  Escola de Nutrição da UFBA também se
manifestou sobre a Indicação Geográfica para o produto dendê no Baixo Sul
enfatizando a importância do fortalecimento da marca para a valorização do
produto, a professora listou vários produtos industrializados que contém a
matéria prima do dendê.

 A produtora de dendê Rosenilda Andrade dos
Santos falou sobre prática no cultivo do produto em sua família  a algumas gerações e que continuará
transmitindo para seus descendentes.

O Diretor do Ifbaiano Doutor
Geovane Guimarães falou sobre o evento de organização da cadeia produtiva do
Baixo Sul. Ele disse que é o primeiro que a Ufba e o Ifbaiano realizam em
caráter regional, mas que estão trabalhando nas pesquisa já um ano com reuniões
específicas, e
 que ainda haverá mais um
evento em outubro – Semana Nacional de Ciencia e Tecnologia – desse evento
sairá um documento sobre a Indicação Geográfica do produto dendê. A partir daí
serão realizadas várias ações; como organização da cadeia produtiva, plantio,
processamento, comercialização, esses processos
 deverão estar dentro das normas sanitárias  e higiênicas, também serão estudados  o processo cultural ligado  ao dendê, como azeite de pilão  e de rodão.






























O professor Dr. Geovane disse
que haverá muito trabalho para a organização da Indicação Geográfica do Dendê,
pois não é possível formar uma marca sem trabalho. Guimarães informou que estão
engajadas nesse processo a Ufba, através
 do Instituto de Educação e Geografia,  o IFbaiano e  a prefeitura com algumas de suas secretarias, assim
como as ONGs ligadas a esse projetos e outras parcerias, porque é papel das
instituições federais para fazer a indicação e a pesquisa para novas
descobertas e registros de patentes e institutos comerciais ligados à práticas
culturais, Ele disse ainda que até outubro já terão ações concretas sobre a Indicação
geográfica do dendê em nível territorial.

Sobre o corte de verbas
efetuado pelo ministro da educação Geovane respondeu que já está prejudicando a
pesquisa, que a UFba tem bolsistas que trabalham nessa área e alguns
laboratórios já estão com falta de recurso. Sobre a resultante do corte no IFbaiano
 o diretor respondeu que  está estruturando um laboratório de alimento a
duras penas e ja tiveram que parar por falta de recurso. Que tiveram que cancelar
projetos de pesquisa e extensão também, por falta de recurso.

Compareceram ao evento o vereador Adailton Francisco que interage muito com desenvolvimento da agricultura e pelo município o Secretário de Agricultura 
José Negrão,  a Secretaria de
Indústria e Comércio mandou um representante, o sr Jorge, e pela
 Cultura esteve presente a secretária Janete Vomeri  e o diretor David terra que cuidaram da organização cultural e levaram a peça teatral “Thiêne diendê” para
fazer a abertura.



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