TRABALHADORES DA CULTURA SE REÚNEM PARA ANALISAR DESQUALIFICAÇÃO DA SECRETARIA DE CULTURA DE VALENÇA

 

No dia
de ontem (07/01) os trabalhadores de várias representações culturais se reuniram
para discutirem a desqualificação da secretaria de Cultura de Valença e ao
mesmo tempo tratarem de  solicitação de
reunião com o prefeito Jairo Batista para que ele possa reconsiderar a intenção
de tirar o status da Secretaria da cultura, bem como nomear um secretário para
comandá-la.

O
prefeito alega que quer fazer economia, mas a LOA do município aprovada para
2021 determina o valor de mais de 1.300.000,00 (hum milhão e trezentos mil para
a cultura) e não falta dinheiro para nenhum setor, portanto, não faz sentido
que a secretaria de cultura seja desqualificada para pagar dívidas de outros
setores se é que essas necessidades existem.


Valença
está entre os municípios privilegiados da Bahia e do Brasil a qual possui uma
Secretaria totalmente organizada e apta a receber a verba do Fundo Municipal de
Cultura bem como as verbas encaminhadas do Fundo Nacional e Estadual,
organização essa que nos possibilitou a receber as verbas emergenciais da Lei
Aldir Blanc que muito ajudou os fazedores de cultura que não puderam trabalhar
durante a pandemia.

Se o
prefeito Jairo Batista conseguir retroceder no tempo e atirar a secretaria no
status de diretoria, o povo da cultura perderá tudo o que foi conquistado e
retornará a mendigar o próprio dinheiro da secretaria de administração que pode
entregar o dinheiro ou simplesmente dizer que não tem como fazer o evento.

O povo
da cultura está decidido a lutar pela permanência da Secretaria, uma vez que
confiou na idoneidade moral de Jairo e o elegeu com maior quantidade votos já registrada
no município, a cultura não aceitará retrocesso, pois a luta pela independência
foi longa e os trabalhadores precisam que a secretaria tenha autonomia para que
eles possam trabalhar e viver da cultura como se vive de outras formações.

Entre
as dimensões da cultura se encontra a econômica que é a base da sustentação do
fazedor de cultura:

 A dimensão econômica
compreende que a cultura, progressivamente, vem se transformando num dos
segmentos mais dinâmicos das economias de todos os países, gerando trabalho e
riqueza. Mais do que isso, a cultura é hoje considerada elemento estratégico da
chamada nova economia, que se baseia na informação, na criatividade e no
conhecimento. A economia da cultura não pode mais ser desconsiderada pelas
políticas governamentais, não só pelo que representa no fomento ao próprio
setor, mas também por sua inserção como elemento basilar do desenvolvimento
econômico geral. (P. 2 ) *


O
prefeito Jairo, ao invés de investir na cultura de Valença usando ela como atração
turística e gerando economia para o município e os trabalhadores, toma uma
decisão autoritária de desqualificar a secretaria levando-a ao retrocesso, sem
nenhuma consulta ao trabalhadores ou mesmo um acordo em que a classe possa
opinar e indicar meios de sobrevivência.

Na
reunião de ontem ficou decidido que o coletivo cultural solicitará ainda hoje,
uma reunião com o prefeito Jairo Batista para a próxima semana a fim de regularizarmos
a secretaria e que o prefeito nomeie o secretário. A cultura não pode morrer
para o prefeito sobreviver!


*(https://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/conferencias/Cultura_II/texto_base_2_conferencia_cultura.pdf)


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