Todo mundo de máscara!

Mulheres usam máscara no Centro de Niterói
Neste
tempo de pandemia da Covid-19, é muito importante discutir o uso das máscaras.
Tudo em relação a virologia depende da quantidade de vírus presente no corpo da
pessoa infectada. É a chamada carga viral.
Para
infectar o ser humano precisamos de um número de partículas virais definida ou
dose infectante. Por exemplo, se tratarmos um paciente com Aids e baixarmos sua
carga viral no sangue, ele não é mais infeccioso. O mesmo quando utilizamos a
camisinha.
Joaquim
Ferreira dos Santos: Use máscara
Quando
vamos para os vírus respiratórios, as coisas são semelhantes. Um paciente
infectado por vírus respiratórios, como a influenza ou coronavírus, libera
milhões de partículas de vírus em suas gotículas exaladas por tosse ou
espirros. Essas gotículas vão se depositar no rosto ou nas mãos de pessoas não
infectadas e podem agora infectá-las diretamente.

Outra
via de infecção se dá pela deposição das gotículas em superfícies como mesas,
banheiros, barras de ônibus, corrimões, elevadores, etc. Aí contaminam as mãos
das pessoas não-infectadas que levam o vírus à boca ou aos olhos.

O uso
da máscara por uma pessoa infectada, seja sintomática ou assintomática, diminui
a dispersão das gotículas e por consequência a carga de vírus ambiental. Temos
as máscaras de materiais sintéticos ou papel tratados, que são utilizadas pelo
pessoal de Saúde e são essenciais nestes tempos de coronavírus. Essas máscaras
industriais tipo N95 e as PPF2/3 têm um alto poder de filtragem das tais
gotículas suspensas, tanto para expelirmos quanto para inspirarmos os vírus.
A
população não deve utilizar estas máscaras para poupá-las para os médicos,
enfermeiros, e outros profissionais lidando diretamente com os pacientes
internados com Covid-19. Porém, o resto da população deve se beneficiar também
do equipamento, utilizando máscaras caseiras feitas de pano.
Recomendação:
População deve usar máscaras simples, feitas em casa a partir de diversos
materiais, dizem especialistas
Vamos
utilizar as máscaras de pano comerciais ou caseiras o tempo todo porque, mesmo
que uma máscara de pano, dobrado duas ou três vezes, não barre 100% a carga de
vírus exalada ou inalada no meio ambiente, ela pode barrar algo entre 60% a 70%
. Assim, a carga de vírus depositada em superfícies diminui e,
consequentemente, a transmissão do vírus também cai.
Este
benefício se dá de duas formas: quem está infectado só deixa e só exala 30% da
carga de vírus, e os não infectados só recebem 30% dos 30% exalados; ou seja,
9% da dose infectante, uma queda formidável de sua capacidade original. Além
disso, a máscara caseira também protege nariz e boca contra uma autoinoculação.
Seu uso em larga escala, portanto, baixaria drasticamente a carga de vírus
circulante na comunidade.

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