Os paulistanos não se consideram homofóbicos

A
cada 10 paulistanos, quatro são contra afeto em público de LGBTs
Luciano da Mata/Ag. A Tarde/ Futura Press
Mais
da metade das pessoas que vivem em São Paulo já presenciaram casos de
preconceito contra homossexuais, segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo,
publicada nesta terça. De acordo com o levantamento, a cada dez paulistanos,
quatro são contra demonstraçōes públicas de afeto por parte do público LGBT.

Manifestaçōes
como abraços e beijos foram reprovadas por 43% dos entrevistados pela pesquisa;
30% não se declararam nem a favor e nem contra e apenas 22% se disseram
favoráveis.

No
caso de preconceito em espaços públicos, 51% relataram já ter visto ou vivido
situações de homofobia – no transporte público, o percentual é ligeiramente
menor, de 46%.
Outros
espaços também foram considerados pela pesquisa, que apurou números ligeiramente
menores em escolas e faculdades (39%), shoppings e comércios (39%), bares e
restaurantes (38%), ambiente de trabalho (35%) e em situaçōes familiares (34%).

Em
relação ao trabalho, a maioria (54%) respondeu ser favorável a “leis de
incentivo à inclusão de LGBT+ no mercado”, enquanto 16% foram contra, 25% não
se posicionaram e outros 5% disseram que não sabem ou não responderam.

Os
entrevistados tiveram de atribuir notas de 1 a 10 para o grau de tolerância da
capital paulista em relação ao público LGBT. Ao menos metade considerou entre 7
a 10, apontando a percepção de uma cidade tolerante. Para 23%, a cidade é
intolerante e o mesmo percentual representa aqueles que não acham nem um e nem
outro.

A
administração municipal foi apontada como omissa em questōes relativas à
proteção contra homofobia e transfobia. Para 46%, a Prefeitura tem atuação
precária no combate à violência e 28% acreditam que ela não faz nada pela
categoria. Apenas 8% acreditam que a Prefeitura tem feito muito pela segurança
do público LGBT.

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