Ministra diz que ouvidor agrário nacional foi exonerado porque era ligado ao PT

“Onde a força da doutrina do emburecimento vale mais que a competência. O ouvidor agrário foi exonerado porque entrou no cargo no governo do PT, [obrigatoriamente ele tem que ser PT para os ditadores], isso é triste e mostra  como o país se tornará fechado, sem voz e sem luz
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina — Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

A ministra da
Agricultura, Tereza Cristina, afirmou ao blog nesta segunda-feira (21) que
Jorge Tadeu Jatobá Correia, ouvidor agrário nacional exonerado do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) “é ligado ao PT [Partido
dos Trabalhadores]”, mas é “correto e isento”. O Incra é
responsável por executar a reforma agrária e o ordenamento fundiário nacional.
A exoneração de
Correia foi publicada nesta segunda-feira (21) no “Diário Oficial da
União”. Uma das principais missões da ouvidoria nacional é prevenir e
mediar conflitos agrários. A ouvidoria também tem a missão de articular, nas
várias esferas de governo, a garantia dos direitos humanos e sociais de
envolvidos em conflitos agrários. Também é a ouvidoria que recebe e encaminha
as denúncias de violência no campo e irregularidades no processo de reforma
agrária.
“Ele é ligado ao
PT; foi indicado ainda no governo deles. Depois ficou no governo Temer”,
disse a ministra. “Mas é correto e isento”, declarou.
A ministra
disse, ainda, que o secretário especial de Assuntos Fundiários da pasta, Luiz
Antônio Nabhan Garcia, está trocando funcionários “por gente mais alinhada
ao governo Bolsonaro”.
Tereza Cristina
afirmou, ainda, que Francisco José Nascimento, presidente do Incra em
exercício, está “ajudando desde a transição”, mas será substituído. A
ministra não disse quando isso vai ocorrer e nem quem deverá substituir
Nascimento na presidência do instituto.
O instituto
esteve sob o comando de Leonardo Góes Silva até 28 de dezembro do ano passado.
Goés Silva foi exonerado a pedido. Em carta aos servidores do órgão, ele disse
que estava deixando o cargo “por razões pessoais”. Ao final da carta,
publicada no site do Incra, ele afirma: “A mudança não assegura
necessariamente o progresso, mas o progresso implacavelmente requer
mudanças”.

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