MEC declara guerra ao movimento estudantil e corta orçamento da UFF, UNB e UFBA
UnB, UFBA e UFF são os primeiros alvos do governo, que anunciou um corte de 30% no orçamento
nas universidades que tiverem “balbúrdia”. Coincidentemente foram as
universidades que sediaram eventos do movimento estudantil e as recordistas em
ingressos de negras e negros por cotas.
nas universidades que tiverem “balbúrdia”. Coincidentemente foram as
universidades que sediaram eventos do movimento estudantil e as recordistas em
ingressos de negras e negros por cotas.
Sem explicar o
que seria o conteúdo enquadrado como “balbúrdia”, ou sequer detalhar
critérios, o ministro Weintraub declarou ao jornal Estado de São Paulo que a
medida de 30% de corte de verbas – já aplicada – considera o desempenho
acadêmico aquém do esperado ou promoção de ’bagunça, evento ridículo’. Deixando
subentendido que esses eventos estariam ligados a discussões políticas de
estudantes, professores e funcionários. Não por acaso as três primeiras
universidades punidas são UFBA que no início do ano sediou o CONEB e a Bienal
da UNE; A UFF que recentemente sediou o encontro dos estudantes negros dessa
mesma entidade; e a UnB que foi a primeira universidade a propor as aulas sobre
o golpe institucional de 2016 e uma semana após o anúncio da mudança de data e
local para a realização do Congresso dos Estudantes da UNE. Essas são também as
universidades recordistas em acesso de negras e negros por cotas raciais, tendo
a UNB sido a primeira a implementar a política, que ainda que insuficiente para
desfazer o enorme fosso entre as massas negras e a universidade, cria ódio na
elite racista do país.
que seria o conteúdo enquadrado como “balbúrdia”, ou sequer detalhar
critérios, o ministro Weintraub declarou ao jornal Estado de São Paulo que a
medida de 30% de corte de verbas – já aplicada – considera o desempenho
acadêmico aquém do esperado ou promoção de ’bagunça, evento ridículo’. Deixando
subentendido que esses eventos estariam ligados a discussões políticas de
estudantes, professores e funcionários. Não por acaso as três primeiras
universidades punidas são UFBA que no início do ano sediou o CONEB e a Bienal
da UNE; A UFF que recentemente sediou o encontro dos estudantes negros dessa
mesma entidade; e a UnB que foi a primeira universidade a propor as aulas sobre
o golpe institucional de 2016 e uma semana após o anúncio da mudança de data e
local para a realização do Congresso dos Estudantes da UNE. Essas são também as
universidades recordistas em acesso de negras e negros por cotas raciais, tendo
a UNB sido a primeira a implementar a política, que ainda que insuficiente para
desfazer o enorme fosso entre as massas negras e a universidade, cria ódio na
elite racista do país.
O governo
definiu contingenciamento de R$ 5,8 bilhões para Educação, em nome de seguir
seus brutais ataques para favorecer os capitalistas.
definiu contingenciamento de R$ 5,8 bilhões para Educação, em nome de seguir
seus brutais ataques para favorecer os capitalistas.
As reacionárias
declarações do ministro mostram como ele pretende ligar o conteúdo político dos
cortes e ataques com suas visões ideológicas. Segundo Weintraub “A universidade
deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, para
ele bagunça seria “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.
A proibição de festas tem sido uma política das reitorias de todas as
universidades do país, também como forma de atacar o movimento estudantil, que
hoje se financia quase que exclusivamente de forma autônoma, pela via de festas
e eventos. Além disso, muitas das festas consideradas “balbúrdias” são em
realidade algumas das poucas conexões entre as comunidades e a universidade,
como a batalha de RAP que acontece no escadão da UNB, que reúne estudantes da
UNB e artistas jovens das cidades satélites, um evento que seja talvez sua
única oportunidade de acessar a universidade.
declarações do ministro mostram como ele pretende ligar o conteúdo político dos
cortes e ataques com suas visões ideológicas. Segundo Weintraub “A universidade
deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, para
ele bagunça seria “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.
A proibição de festas tem sido uma política das reitorias de todas as
universidades do país, também como forma de atacar o movimento estudantil, que
hoje se financia quase que exclusivamente de forma autônoma, pela via de festas
e eventos. Além disso, muitas das festas consideradas “balbúrdias” são em
realidade algumas das poucas conexões entre as comunidades e a universidade,
como a batalha de RAP que acontece no escadão da UNB, que reúne estudantes da
UNB e artistas jovens das cidades satélites, um evento que seja talvez sua
única oportunidade de acessar a universidade.
Logo depois de
Bolsonaro ter declarado que pretende acabar com as ciências humanas e
especialmente com a sociologia e filosofia, essa política de corte do MEC
escancara como para o governo todos os ataques econômicos vem vinculados a suas
ideologias reacionárias de extrema-direita, por isso a abertura da universidade
para movimentos sociais como o MST é considerada bagunça assim como a
realização de festas que promove a ocupação dos espaços e abre as universidades
para a população, além dos debates acadêmicos que visam fomentar o pensamento
crítico e a liberdade de expressão.
Bolsonaro ter declarado que pretende acabar com as ciências humanas e
especialmente com a sociologia e filosofia, essa política de corte do MEC
escancara como para o governo todos os ataques econômicos vem vinculados a suas
ideologias reacionárias de extrema-direita, por isso a abertura da universidade
para movimentos sociais como o MST é considerada bagunça assim como a
realização de festas que promove a ocupação dos espaços e abre as universidades
para a população, além dos debates acadêmicos que visam fomentar o pensamento
crítico e a liberdade de expressão.
O ministro
declarou que para ele o que importa são os critérios meritocrática e
mercadológicos de avaliação, segundo ele “A lição de casa precisa estar feita:
publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” No entanto,
até mesmo nos duvidosos rankings internacionais de avaliação o desempenho
dessas universidades não caiu.
declarou que para ele o que importa são os critérios meritocrática e
mercadológicos de avaliação, segundo ele “A lição de casa precisa estar feita:
publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking.” No entanto,
até mesmo nos duvidosos rankings internacionais de avaliação o desempenho
dessas universidades não caiu.
De acordo com o
MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais
bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as
chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz,
limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao
pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.
MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais
bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as
chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz,
limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, etc. Os recursos destinados ao
pagamento de pessoal são obrigatórios e não podem ser reduzidos.
Em declaração
para o Esquerda Diário Odete Cristina, estudante de ciências sociais na USP e
militante da juventude Faísca disse que “Essa política do ministério da
educação escancara qual o real sentido dos ataques de Bolsonaro as
universidades, buscar combinar sua política de cortes com sua ideologia
reacionária contra a liberdade de expressão e organização. É para ter caminho
aberto aos cortes precarizado as universidades e depois abrindo caminho para
privatização e para um conhecimento mais mercadológico que Bolsonaro ataca
qualquer atividade política dentro desses espaço que deveria ser de livre
pensamento. Ao mesmo tempo que busca uma ofensiva contra os Centros Acadêmicos
e DCEs. Essa mesma ofensiva que o governo faz contra as universidades federais,
é promovida aqui em São Paulo por meio da CPI das estaduais paulistas onde PSL
e PSDB disputam as vias de se avançar na privatização do conhecimento se
alinhando com os empresários e atacando qualquer forma de organização política
no interior das universidades. Para combater todos esses ataques é fundamental
uma resposta a altura do movimento estudantil. Por isso, se faz ainda mais
criminosa a política de esvaziamento do Congresso da UNE levada adiante pela
burocracia da UJS e do PT, direção majoritária da entidade que transferiu para
as férias um congresso que poderia ser histórico e organizar o movimento
estudantil nacionalmente para dar uma resposta conjunto frente a tantos
ataques. É fundamental que nós estudantes como parte da luta em defesa das
universidades públicas, possamos combater essas burocracia que controlam nossas
entidades e retomemos elas como instrumento de organização.”
para o Esquerda Diário Odete Cristina, estudante de ciências sociais na USP e
militante da juventude Faísca disse que “Essa política do ministério da
educação escancara qual o real sentido dos ataques de Bolsonaro as
universidades, buscar combinar sua política de cortes com sua ideologia
reacionária contra a liberdade de expressão e organização. É para ter caminho
aberto aos cortes precarizado as universidades e depois abrindo caminho para
privatização e para um conhecimento mais mercadológico que Bolsonaro ataca
qualquer atividade política dentro desses espaço que deveria ser de livre
pensamento. Ao mesmo tempo que busca uma ofensiva contra os Centros Acadêmicos
e DCEs. Essa mesma ofensiva que o governo faz contra as universidades federais,
é promovida aqui em São Paulo por meio da CPI das estaduais paulistas onde PSL
e PSDB disputam as vias de se avançar na privatização do conhecimento se
alinhando com os empresários e atacando qualquer forma de organização política
no interior das universidades. Para combater todos esses ataques é fundamental
uma resposta a altura do movimento estudantil. Por isso, se faz ainda mais
criminosa a política de esvaziamento do Congresso da UNE levada adiante pela
burocracia da UJS e do PT, direção majoritária da entidade que transferiu para
as férias um congresso que poderia ser histórico e organizar o movimento
estudantil nacionalmente para dar uma resposta conjunto frente a tantos
ataques. É fundamental que nós estudantes como parte da luta em defesa das
universidades públicas, possamos combater essas burocracia que controlam nossas
entidades e retomemos elas como instrumento de organização.”