Mães e grávidas não são poupadas em demissão de Onyx para ‘despetizar’

Onix Lorenzoni não poupa ninguém, tampouco reconhece e respeita as leis:
este será o governo da perseguição e do assassinato do respeito e da paz
 
O ministro da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não poupou mulheres grávidas nem mães em
licença-maternidade na demissão coletiva de mais de 300 servidores de cargos
comissionados. As demitidas “receberão direitos e indenizações, como determina
a lei”, pronunciou sua assessoria.

Despetização
Como o próprio
ministro manifestou ao anunciar a exoneração, as demissões fazem parte de uma
proposta de “despetização” da pasta, termo que vai de encontro com as
declarações de “despetizar o governo federal”, feitas pelo presidente Jair
Bolsonaro durante sua campanha eleitoral.
Para ele, é
necessário governar ao lado daqueles que acreditam no mesmo projeto e não
coloquem “em risco o governo” de Jair Bolsonaro.
“Vamos retirar
de perto da administração pública federal todos aqueles que têm marca
ideológica clara. Nós todos sabemos do aparelhamento que foi feito
principalmente do governo federal nos quase 14 anos que o PT aqui ficou”, disse
Onyx em seu discurso de anúncio.
Repercussão
A medida mal foi
anunciada e já gerou polêmica. O principal foco da exoneração coletiva foi a
Comissão de Ética da Presidência, que funciona com cerca de 10 funcionários
cedidos de outros órgãos ou lotados na Casa Civil. De acordo com informações da
Coluna do Estadão, as demissões afetam diretamente o andamento dos processos
que investigam ministros e servidores.
Outro impacto
negativo é para o corpo técnico do Palácio do Planalto, que, segundo a Folha de
S. Paulo, terá que se rearticular para lidar com atrasos em pareceres
importantes, como o da prorrogação dos incentivos fiscais para as regiões Norte
e Nordeste.
A indignação
geral foi entre os servidores demitidos, que souberam da decisão pela imprensa
e foram informados oficialmente apenas no dia seguinte do anúncio, ainda
segundo a Folha.
A ideia de Onyx
é concluir até o fim desta semana uma avaliação desses funcionários para
definir se há possibilidade de recontratação. Para a tomada de decisão, serão
avaliados aqueles foram indicados nas administrações de Luiz Inácio Lula da
Silva ou de Dilma, do PT.
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