Centro de Cultura realiza roda de conversa sobre o mês da mulher
Na tarde de ontem (16.03) o Centro de Cultura Olívia Barradas realizou um encontro em homenagem ao mês da mulher produzindo uma roda de conversa sobre a atuação da mulher na sociedade, suas conquistas e suas dificuldades diante da masculinidade que insiste em se colocar como superior sobre o mundo feminino.
Compareceram ao encontro homens e mulheres, entre as mulheres estiveram presentes a Delegada Argimária Soares, a representação da Cultura no Território, Jhessy Coutinho, a jornalista e vice-presidente do Conselho de Cultura Irene Dóres, a professora Flor Andrade, a professora Dulce e a presidente da Unegro e Sindicato dos Artesãos Vânia Bahia que coordenou o evento.
As falas das mulheres se deram no sentido de mostrar as grandes atitudes femininas no Brasil e o resultado para toda a população feminina ao longo do tempo. Foi discutida também as mulheres empoderadas ao longo da história no mundo ocidental, lembrando que esse empoderamento não deu a elas a autonomia de fazer certas coisas sem o aval do marido.
Para Valença foi discutida a violência política e de gênero contra mulher e que colocam a disputar política com homens e especialmente contra a única mulher com intenção de se candidatar a prefeita de Valença, vez que em meio a diversos pré candidatos homens nenhum sofre qualquer tipo de ataque, apenas a mulher justamente em função do seu gênero.
A roda de conversa foi muito boa do ponto de vista filosófico, e deixou muito claro que mesmo com as mudanças sociais pelo mundo, a evolução da mulher no estudo e na economia, elas ainda são vistas como objetos, em alguns casos como propriedade e em maioria das vezes como pessoas secundárias que podem ser submetidas a todos os tipos de descasos e diminuições sociais.
O encontro terminou com um show da cantora e sanfoneira Mariah acompanhada dos músicos Juarez e Escopeta que está fazendo uma ótima parceria com ela. Deu um bom forró e as mulheres aproveitaram para dançar.
Para nós mulheres “é preciso de força, é preciso de garra, é preciso ter gana sempre”… Continuamos a contribuir com a sociedade onde mulheres também são algozes de mulheres e praticam os mesmos machismos que os homens esquecendo-se que uma hora depois elas podem ser a “vítima” do julgamento e da desumanização feminina. A luta contra a misoginia não acaba.