Cartão de crédito rotativo: juros por atraso não poderá ultrapassar o valor da dívida
Para quem, nem sempre consegue pagar suas dívidas em dia e acaba por ficar no devedor do cartão de crédito, ou pagando parte do valor da fatura e deixando o restante da dívida acumulada, a partir desse mês não terá mais problemas de pagar juros valores infinitos por conta do acúmulo das faturas atrasadas.
As que passam a valer a partir de amanhã dia 03 de janeiro só permitem que os juros sejam cobrados até o valor da dívida, por exemplo ao dever 300 reais no cumulado pelo rotativo, só podem chegar até 600 reais.
Esse tipo de cobrança de juros acumulados chegam a gerar até 431,6%. Sendo a modalidade mais cara do Brasil. Porém, é recomendado pelo CMN que os devedores paguem todo o valor da fatura mensalmente, mas nem sempre isso é possível.
A decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de limitar os juros do rotativo foi anunciada em dezembro. O texto havia sido aprovado pelo Senado em outubro e, em seguida, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Inicialmente, a proposta estabelecia um prazo de 90 dias, a partir da publicação da lei, para que as emissoras de cartão de crédito apresentassem uma proposta de teto para os juros.
No entanto, como uma solução não foi encontrada dentro desse prazo junto aos integrantes do mercado financeiro, passou a valer o dispositivo fixado na lei de que o total cobrado pelos bancos em juros não poderá exceder o valor original da dívida. Essa medida foi tomada com base na Lei do desenrola.
Em dezembro, o CMN também decidiu que clientes com dívidas no cartão de crédito rotativo poderão fazer a portabilidade gratuita do saldo devedor de uma instituição financeira para outra a partir de 1º de julho de 2024, e isso deverá acontecer através dos empréstimos consignados
Não se aconselha a comprar demais, mas é bom saber que quando não se pode pagar uma dívida de vez o devedor não veja seu valor subir de 100 para 1.000 por causa dos juros rotativos.
Por Irene Dóres
Fonte: G1
Por Irene Dóres
Fonte: G1