AUDIÊNCIA PÚBLICA COM A SANTA CASA DE VALENÇA REVELA AS DIFICULDADES DA INSTITUIÇÃO NA SUA ADMINISTRAÇÃO

Na noite de
ontem aconteceu no plenário da Câmara de vereadores uma Audiência Pública com a
Santa Casa de Misericórdia de Valença. A audiência foi idealizada e promovida
pelos vereadores Adailton Francisco e Lorena Mercês e foi um encontro muito
positivo com a população de Valença. Com a participação de 90% da imprensa
local e o auditório lotado os representantes da Santa Casa  Dr. Ricardo Fonseca, diretor médico e o
advogado Marcelo Cabral provedor, responderam aos questionamentos da mesa e do
público presente esclarecendo pontos e falando das necessidades da instituição.
 O publico da plateia se interessou muito pelo
atendimento da atenção básica e o recebimento de pessoas das cidades vizinhas, ao
que a Santa Casa respondeu não receber nada de outros municípios e que esses
atendimentos são pagos pelo SUS, deixando bem claro que esses pacientes só
entram em Valença através da regulação, quando não há como serem atendidos em
suas localidades.





















Presente na
mesa, a secretária de saúde de Valença Margarete Carvalho, revelou que aumentou
o numero de médico para a atenção básica colocando oito a mais, e que para atender
as pessoas que pairam no PS à noite com problemas de bandeira azul e verde ela
abriu o Centrinho (posto em
frente ao PS)
 para atendimento médico emergencial no
horário
das 17 as 22h de segunda a
sexta feira. As pessoas devem procurar o PS, lá será feita a triagem de
classificação e quem estiver com bandeira verde ou azul será encaminhado imediatamente
para o Centrinho.

O provedor Marcelo Cabral aplaudio
a nova funcionalidade do Centrinho
disse que o projeto é muito bom, ele revelou que a  prefeitura vai passar a entregar para a Santa
Casa um
valor de 20 mil reais mensais em insumos. Na
sequência Dr. Ricardo explanou sobre as cirurgias eletivas realizadas pelo
hospital e que são destinadas às pessoas do Baixo Sul, são elas:
ortopédica eletiva, esterectomia, vesícula, hérnia,
tireóide
, contudo, as
maiores quantidades de procedimentos
são os três primeiros.

Entre os
membros da mesa
Jeová do Tento questionou a prestação de contas das verbas
doadas
pelos deputados fazendo uma menção aos dois milhões de emendas
colocadas pelo deputado federal Raimundo Costa . O provedor Marcelo respondeu
que os recursos trazidos pelo
deputado
ainda se
encontram na Sesab e vai chegar em março
; que prestará contas no que for gasto à sociedade. Seguindo com sua fala Cabral disse
que no hospital
existe
um setor para captar as emendas parlamentares, mas est
as só são entregues mediante
apresentação do plano de trabalho
(projetos). E se o Hospital não apresentar perde.



O representante
da FEMAVA
Romilson Muniz, também
componente da mesa
lamentou
a ausência de alguns vereadores, e se disse feliz em saber que haverá médicos
pela atenção básica para atender as 
pessoas durante a noite.
Em seguida ele perguntou se se a policlinica foi boa ou ruim para
a santa casa.
Fez duras críticas ao  descaso e aos maus tratos feitos pelos médicos
da
Santa Casa, contra as pessoas que agonizam lá sem
atendimento.

O agente de
saúde
 Roque Honorato criticou a falta materiais simples como alcool gel. A falta de raio X para paciente internado e de médico
para
paciente infartado, afirmou que
a cidade
tem perdido
muitas vidas
e finalizou interrogando quantas Aihs (autorização de internamente) a Santa Casa
tem por mês.

Dr Ricardo Fonseca qualificou
o Raio X como um produto frágil que queb
ra muito e é difícil de consertar, enquanto o tomógrafo não funciona por
falta de
operador, quanto ao
médico cardiologista ele disse que sempre tem um alerta à distancia, e que
todos os exames cardíacos são passados para ele imediatamente
e mesmo não estando no hospital ele fica
sabendo de tudo sobre o estado do paciente.






















Sobre a
funcionalidade das cirurgias eletivas o funcionário Marcos informou que elas não estão acontecendo,
e não revelou quando voltarão a funcionar,
disse ainda que a Santa Casa está com fazendo 258 aihs por mês.

Entre os
poucos vereadores que se fizeram presente
Robinho criticou as intervenções políticas no atendimento
ao doente que precisa de uma regulação e sinalizou que deveria
haver uma descentralização em casos
de emergências
para que o paciente pudesse ser atendido em qualquer lugar mais próximo
à sua localização, e finaliza se declarando indignado com a forma de atuação na
regulação.
O diretor
médico
Dr. Ricardo fez uma reflexão
sobre a funcionalidade do hospital e disse
 que é preciso
fortalecer o hospital local para
não ter que regular e expor os
pacientes a situação de morte ou piora enquanto viaja por várias horas. Incentivou
a população a
 explorar o deputado Raimundo Costa para
melhorar o atendimento.

Presente na
mesa a ex-prefeita
Jucelia
que
trabalha na SESAB abriu sua fala dizendo que não é do setor de saúde discutido
na audiência pública,
mas
está sempre a
tenta à Santa Casa, ela garantiu que a Sesab vem pagando todo serviço feito pela Santa casa. Que a
regulação é
 um desafio e a Santa Casa precisa ser realmente
qualificada,
pois  tinha uma imagem bastante negativa a nível de Estado,
mas no momento está melhorando,
reforçou  que  Raimundo Costa está
buscando as emendas para melhorar a Santa Casa em seu crescimento.
Que a
instituição
 já recebeu uma UTI mas por falta de
qualificação perdeu.
Sobre a regulação a ex-prefeita afirmou não ser
suficiente
 para atendimento, e que às
vezes as distancias para o acolhimento do paciente são enormes por conta da
regionalização territorial no atendimento
.
Aos questionamentos
da jornalista Irene Dóres sobre a perda da UTI  
Dr. Ricardo e Marcelo respondeu que esta não foi instalada porque a Caixa exigiu um projeto que a Santa Casa não podia pagar naquele momento, porém, o recurso ainda está ativo, mas não deram
nenhuma afirmativa se  vão buscar se
adequar às exigência da Caixa para dar prosseguimento ao projeto da UTI
.


Para fechar o
evento de forma bastante forte o ex prefeito Claudio Queiroz disse de forma
subliminar que as perdas da Santa Casa são escolhas dos dirigentes, posto que
ele conseguiu uma UTI móvel para Valença ainda em seu governo e a Santa Casa
recusou alegando que não tinha como manter o veículo. Claudio finalizou sua
fala pedindo ao Conselho de saúde que chegue mais perto da Santa Casa e
fiscalize suas contas.

A Audiência Pública
de ontem foi muito importante para a informação do cidadão valenciano de como
funciona a Santa Casa e de suas fraquezas administrativas de muitos anos que acarretam
prejuízo na saúde da população valenciana.

  




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