Após fala de Bolsonaro, PGR pede investigação sobre invasões a hospitais

Hoje o Estado do Espírito Santo através de sua Secretaria de Saúde denunciou a invasão de hospitais por deputados bolsonaristas a hospitais de atendimento a pessoas com coronavírus desrespeitando as normas de saúde e levando perigo a pessoas portadoras de outras doenças em alas separadas. A reportagem abaixo é do site Uol.

O
procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu em ofício enviado às
unidades do Ministério Público nos estados que sejam investigadas as tentativas
de invasão a hospitais durante a pandemia do novo coronavírus

A
medida foi adotada após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter
incentivado apoiadores a invadirem hospitais e filmarem a ocupação de leitos
voltados ao tratamento de pacientes da covid-19.

Aras
decidiu enviar ofícios à chefia dos Ministérios Públicos estaduais de São Paulo
e do Distrito Federal. O ofício enviado pelo procurador-geral equivale a um
pedido para que os casos sejam apurados, e não à determinação de abertura
imediata de investigações. A decisão sobre apurar os casos caberá aos ramos
estaduais do Ministério Público

No
ofício aos estados, Aras não menciona a fala do presidente e também não informa
se as declarações de Bolsonaro serão investigadas.

O
procurador-geral cita nos pedidos de investigação episódios ocorridos nesses
dois estados. No documento, Aras afirma ter havido “em variados locais do
país, episódios de ameaças e agressões a profissionais de saúde que atuam no
combate à epidemia do vírus covid-19, além de danos ao patrimônio público e
perturbações ao serviço público”.

No dia
4 de junho, deputados estaduais de São Paulo invadiram as instalações do
hospital de campanha no Anhembi, causando tumulto e afirmando que fariam uma
vistoria. Eles criticavam o governador paulista João Doria (PSDB) e afirmavam
que o governo paulista estaria mentindo sobre o número de casos e mortes no
estado.

O
outro caso citado por Aras ocorreu no último dia 9, no Hospital Regional de
Ceilândia, a 46 km do centro de Brasília, quando um homem foi filmado xingando
uma médica da unidade.

 

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