A TROCA
Quanto vale uma “troca” de posicionamento na política para um candidato que se dizia concorrer à eleição? Uma Cherokee, uma BMW, duas secretarias? São apenas elucubrações, se acontecer qualquer coisa desse tipo é mera coincidência. Quer dizer, acontecer, será que vai?
O assustador mesmo foi ouvir que o “âncora” da campanha trabalhava aqui em Valença há 30 anos e ninguém nunca soube, o povo do município sequer tinha visto a cara dele para além das capas de jornais. O “renunciante” por sua vez, tem um político de estimação todo “cagado” que é utilizado como se fosse uma muleta para ajudá-lo a se locomover ou nem teria condições de solicitar a Troca”, como diria Caetano Veloso na canção “Triste Bahia”:
“Triste Valença oh, quão dessemelhante
a ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante”.
Vale qualquer coisa para chegar e ou se manter no poder, simula-se candidatura com registro e tudo e depois negocia os votos e troca-se de lugar, quem ganha com isso o eleitor? claro que não, quem ganha é quem negociou. Adorei a fala de “a gente não escolhe onde nascer, mas escolhe o lugar para viver” lindo! Concordo plenamente, mas quanto ao emissor da fala, quanto ao visitante de oportunidade NÃO. Quem escolhe lugar para viver vive e próspera nele, o que não é o caso do visitante político.
Pensamos que o povo de Valença saiba reconhecer quem é de verdade o morador da cidade e quem veio em busca de oportunidade, Valença tem nome bom e com serviço prestado ao município. Cada pessoa sobrevive como pode, vende voto, vende alma, vende força de trabalho, troca de posição na politica para se manter vivo. E quem vai ser “governado” precisa estar com os olhos bem abertos para não cair no canto da sereia.
Após a leitura deste texto é possível que o político de estimação do renunciante nos processe outra vez a mando dele. Se acontecer divulgaremos.
Por Irene Dóres