A procissão do Amparo levou uma multidão de fiéis para as ruas de Valença no encerramento dos festejos da padroeira dos operários
Ontem, (08.11) as ruas de Valença ficaram mais lotadas do que nunca, o comentário em geral pelos observadores nos pontos e residências que costumam aguardar a passagem da imagem do Amparo era da grandiosidade da procissão que costuma rodar a cidade todo dia 8 de novembro.
Na procissão do Amparo todos são iguais, advogados, garis, médicos, operários da Fábrica, professor, vendedor ambulante que caminham atras da imagem de N. S. do Amparo e vendem seus produtos para quem está caminhando ao seu lado. A protetora dos operários une todas as classes no seu dia de desfilar pela cidade e emociona seus seguidores mais fiéis que colocam toalhas brancas nas janelas e jogam chuvas de rosas e papel picado em sua imagem. Os católicos se reúnem nas esquinas enfeitam as ruas, armam presépios humanos, tudo para ver por poucos segundos a imagem de N. S. do Amparo passar por perto deles e se possível, dar uma pequena parada de frente para aquele presente preparado pera ela.
No dia de ontem foi fácil se ouvir de pessoas pelas ruas, “a religião católica permanece forte, nós somos maioria diante dos ensinamentos de Jesus” frase bonita e comprobatória diante da bela procissão realizada pela Igreja Católica e da adesão espontânea, sim, porque católico comparece livremente às caminhadas de rua, assim como enfeitam suas portas e janelas, a cada rua por onde a imagem da Santa passa.
O dia de ontem foi um daqueles dias que mesmo o escritor cansado, chega de viagem, joga a bolsa na mesa, pega seu material e sai correndo atrás da procissão, e nem sente que dormiu pouco, que andou muito, apenas deseja ver a procissão passar. Afinal, é só um dia no ano que a padroeira dos operários passeia pelas ruas dando chance de todos, tocarem seu andor e fortalecer sua fé.
O poeta Otavio Mota e o compositor Leleza, escreveram certa vez: “minha Valença foi, Nossa Senhora do Amparo, que me deu, o direito de nascer na cidade, do Sagrado Coração de Jesus…” mas nem é preciso nascer na cidade para creditar, seguir e respeitar essa tradição tão bonita, essa bela procissão e sentir coração bater tão leve, ao ver tanta gente conduzindo a padroeira dos operários pelas ruas e lotando o alto do amparo com suas presenças espontâneas e até se acotovelando, no bom sentindo, por falta de espaço físico para acomodar tanta gente. Esse ano já terminou, mas o que vem, repete-se, tudo de novo, a fé continua e a Santa segue fazendo o milagre da multiplicação de gente na procissão em sua homenagem.