90% dos eleitores brasileiros apoiam regulamentação de redes sociais para combater ‘fake news’, diz pesquisa Ibope

 O crescimento das fake news no ambiente digital


Diante da guerra travada entre a democracia e o autoritarismo dominado pela transmissão de mensagens falsas pelas redes sociais e alguns sites especializados, o após ouvir o clamor das instituições e a abertura de processo pelo STF, o Congresso finalmente toma a decisão de criar uma lei para combater as mentiras que espalhadas em redes sociais com muita organização tem causado prejuízos ao país manchando a imagem de pessoas e instituições  para satisfazer a um gabinete destinado a destruir para construir um poder ultradireitista e autoritária. A reportagem abaixo  é do G1.

Levantamento
foi feito por telefone, entre os dias 28 e 30 de maio, com cerca de mil
entrevistados em todos os estados e no Distrito Federal. Nesta terça, Senado
deve votar projeto de lei que prevê ações de redes sociais contra ‘fake news’.

 

Uma
pesquisa feita pelo Ibope a pedido da ONG Avaaz e divulgada nesta terça-feira
(2) mostra que 90% dos eleitores brasileiros apoiam a regulamentação das plataformas
de redes sociais para combater as “fake news”.

 

O
levantamento foi feito por telefone, entre os dias 28 e 30 de maio. Foram
entrevistadas cerca de mil pessoas com mais de 16 anos de idade, em todos os
estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de três pontos percentuais
para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

 

Nesta
terça, o Senado deve votar o projeto de lei que prevê ações das redes sociais
para combater a disseminação de conteúdo falso, as chamadas “fake
news”.

 

O
texto, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), institui a Lei
Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência e prevê medidas a
serem adotadas por empresas com mais de 2 milhões de usuários

Os
entrevistados pelo Ibope responderam que a legislação sobre o tema deveria
incluir os seguintes pontos:

 

correções
de verificadores de fatos independentes (para 81%);

rotulagem
de “robôs” (para 76%);

transparência
em anúncios e postagens pagas (para 71%);

e
remoção de contas falsas, com exceção de pseudônimos por segurança ou contas
humorísticas (para 71%).

“Normalmente,
o tema da desinformação é permeado por extremos políticos, mas essa pesquisa
mostra que – sejam de direita ou de esquerda – nove em cada dez brasileiros
querem uma lei que proteja nossa sociedade da desinformação”, afirmou a
coordenadora de campanhas da Avaaz, Laura Moraes.

 

“Mas
os brasileiros não querem qualquer lei – a maioria quer uma lei inteligente,
que torne obrigatórias as checagens de fatos e a transparência. Os senadores devem
ouvir essa mensagem clara da sociedade e escrever essa lei de acordo,
protegendo direitos democráticos ao mesmo tempo em que combatem a
desinformação.”

A
pesquisa verificou o nível de concordância dos entrevistados com relação a
quatro dos principais pontos do projeto de lei. Veja abaixo:

 

1.
Exigir que as redes sociais rotulem todos os anúncios e postagens pagas com
informações sobre quem pagou por eles.

 

Concordam:
71%

Discordam:
23%

Não
sabem/não responderam: 6%

2.
Exigir que as redes sociais rotulem todos os “robôs”, ou seja,
usuários que parecem pessoas de verdade, para que você saiba quando não estiver
interagindo com uma pessoa real.

 

Concordam:
76%

Discordam:
20%

Não
sabem/não responderam: 4%

3.
Exigir que as redes sociais removam contas falsas que tentam enganar as
pessoas, e ao mesmo tempo, garantir que as pessoas possam usar outro nome em
seus perfis por motivos de segurança ou por serem contas de humor

 

Concordam:
71%

Discordam:
26%

Não
sabem/não responderam: 3%

4. O
Congresso Nacional deve obrigar por lei as empresas de redes sociais a
mostrarem artigos com checagem de fatos independentes para todas as pessoas que
foram expostas a conteúdo falso ou enganoso.

 

Concordam:
81%

Discordam:
15%

Não
sabem/não responderam: 3%

Eleitores
preocupados com ‘fake news’

O
levantamento mostra ainda que 76% dos eleitores brasileiros dizem estar muito
preocupados ou um pouco preocupados com relação a notícias falsas e
desinformação na internet e em redes sociais. E 22% disseram não estar
preocupados.

 

“É
essencial lembrar que as plataformas já administram conteúdo com poder quase
ilimitado. Elas removem contas, fazem a redução da visibilidade e alcance de
posts em seu algoritmo e usam verificadores de fatos para analisar seu
conteúdo”, afirma Laura Moraes.

 

“Enquanto
isso, não há mecanismos claros para que os usuários busquem reparação. Não há
escrutínio público, transparência ou prestação de contas. Os brasileiros querem
combater a desinformação de forma a equilibrar a proteção de todos os nossos
direitos.”

 

Votação
do projeto de lei

Foi
nesta segunda-feira (1º) que líderes de partidos do Senado decidiram colocar o
projeto de lei em votação. O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre
(DEM-AP), já havia anunciado que o texto seria pautado nesta semana.

 

Alcolumbre
anunciou a decisão no mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de
busca e apreensão no inquérito que apura ameaças a ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) e a disseminação de “fake news”.

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